sábado, 14 de abril de 2012

Modelos utilizados para o estudo do corpo humano


Modelos utilizados para o estudo do corpo humano


Autoras: Lízia Ramos e Amélia Porto

O uso do modelo é recomendado preferencialmente em situações nas quais não é possível observar o objeto de estudo no próprio entorno. A construção de modelos é também usada para representar aspectos da realidade de um objeto investigado.

Eles podem ser construídos pelas crianças junto com o professor ou ser apresentado por ele às crianças. Atualmente, encontramos uma variedade muito grande desse tipo de recurso, até mesmo utilizando a realidade virtual. Ao optar pelo uso de modelos, observe e avalie se os recursos disponíveis e as habilidades exigidas para construí-los estão adequados ao nível de escolaridade dos seus alunos. Quando constituírem uma dificuldade a mais, o uso dos mesmos deve ser reavaliado.

Ao estudar os diversos sistemas que integram o corpo humano, a construção de modelos pode ser um excelente recurso de aprendizagem. Pode-se construir modelos que representem o sistema respiratório, um estetoscópio, o sistema circulatório, articulação do braço entre outros.


O modelo exemplificado possibilita aos alunos visualizarem como os ossos, os músculos e as articulações participam dos movimentos do braço e do antebraço. O modelo do braço e antebraço foi construído com um pedaço de papelão grosso; um metro de elástico; um percevejo; lápis e tesoura.

No modelo, do sistema respiratório, os balões pequenos representam os pulmões; o balão maior, o músculo diafragma; os canudinhos, as vias aéreas; e a garrafa PET, a caixa torácica.

Material:canudo, rolha, garrafa PET, balões pequenos e balão grande.


O modelo de sistema respiratório contribui para o entendimento do que acontece com o ar no corpo durante a respiração pulmonar.

O estetoscópio, por exemplo, é outro modelo que pode ser construído pelas crianças utilizando materiais como funil, balão de borracha, pedaços de mangueira, fita crepe para prender o balão e emendar as mangueiras.





Usando um estetoscópio, as crianças podem ouvir os diferentes sons do corpo.





sexta-feira, 13 de abril de 2012

Coleção 2: O uso de modelos no estudo de sistemas que integram o corpo humano



Sugestões de links:

http://www.pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=532&COMO+FUNCIONA+O+SISTEMA+RESPIRATORIOconstrução de modelo de sistema respiratório. Acesso em 29/03/2012.

http://www.pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=840&PERSISTENCIA+DA+VISAO+E+FUSAO+DE+IMAGENS+NO+CEREBRO#top – Experimentação com modelo que mostra como ocorre a fusão de imagens no cérebro, por persistência da visão. Acesso em 08/04/2012.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/23-4.pdf - O ensino de ciências e as dificuldades das atividades experimentais. Acesso em 08/04/2012.

Coleção 1: Quando e como usar modelos no ensino de ciências da natureza


Sugestões de links:

http://www.pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=532&COMO+FUNCIONA+O+SISTEMA+RESPIRATORIOconstrução de modelo de sistema respiratório. Acesso em 29/03/2012.

http://www.pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=840&PERSISTENCIA+DA+VISAO+E+FUSAO+DE+IMAGENS+NO+CEREBRO#top – Experimentação com modelo que mostra como ocorre a fusão de imagens no cérebro, por persistência da visão. Acesso em 08/04/2012.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/23-4.pdf - O ensino de ciências e as dificuldades das atividades experimentais. Acesso em 08/04/2012.

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2199048037568418330#editor/target=post;postID=5771723815205377783 - Texto adaptado para essa coleção.
Fonte consultada: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/23-4.pdf - acesso em 08/04/2012.

Coleção 2: O trabalho de campo numa perspectiva interdisciplinar nos anos iniciais do Ensino Fundamental


 Consulte os links abaixo e conheça um pouco mais sobre o assunto desta coleção:

.Como planejar o trabalho de campo em Geografia. Bianca Bibiano. Disponível em:

 . Meio ambiente - De perto é bem mais fácil. Meire Cavalcante. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/meio-ambiente-426106.shtml - acesso em 10/04/2012.

 . Pesquisa de campo no zoológico. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/pesquisa-campo-zoologico-629365.shtml - acesso em 10/04/2012.




Coleção 1: O trabalho de campo no ensino de ciências naturais



Consulte os links abaixo e conheça um pouco mais sobre Trabalho de Campo.

.Como planejar o trabalho de campo em Geografia. Bianca Bibiano. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/como-planejar-trabalho-campo-geografia-594113.shtml - acesso em 10/04/2012.

. Meio ambiente - De perto é bem mais fácil. Meire Cavalcante. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/meio-ambiente-426106.shtml - acesso em 10/04/2012.

. Pesquisa de campo no zoológico. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/pesquisa-campo-zoologico-629365.shtml - acesso em 10/04/2012.




Uso e construção de modelos


Autoras: Lízia Ramos e Amélia Porto

O modelo é um apoio visual concreto que contribui para construirmos uma imagem mental, uma ideia, do objeto de estudo por suas semelhanças, quando não é possível observar o próprio objeto. O uso desse recurso é recomendado preferencialmente em situações nas quais não é possível observar o objeto de estudo no próprio entorno. A construção de modelos é também usada para representar aspectos da realidade de um objeto investigado.

Eles podem ser construídos pelas crianças junto com o professor ou ser apresentado por ele às crianças. Atualmente, encontramos uma variedade muito grande desse tipo de recurso, até mesmo utilizando a realidade virtual. Ao optar pelo uso de modelos, observe e avalie se os recursos disponíveis e as habilidades exigidas para construí-los estão adequados ao nível de escolaridade dos seus alunos. Quando constituírem uma dificuldade a mais, o uso dos mesmos deve ser reavaliado.

Esse recurso no ensino de ciências é muito recomendado, principalmente, na área de astronomia, em que os objetos de estudo estão mais distantes e, muitas vezes, fora do alcance visual. Por outro lado, esse recurso não deve substituir observações e experiências diretas quando elas são possíveis.

O globo terrestre é um apoio visual concreto que nos permite visualizar a imagem do nosso planeta, sendo o seu uso imprescindível quando se ensina a formação dos dias e das noites e as estações do ano, por exemplo.

Ao estudar o ambiente pode-se construir um modelo de ecossistema em uma garrafa pet.




Foto: Marina Rocha
O terrário é um modelo de ecossistema em que seres vivos e não vivos realizam trocas entre si, permitindo a vida. Ele pode ser montado usando uma garrafa grande de plástico; tesoura sem ponta; pedras, areia e terra com húmus; pequenas mudas de vegetais, como samambaia, avenca e musgo; bichinhos que vivem no solo: tatuzinhos de jardim, minhocas, formigas e caramujos.

Segundo os PCNs -Temas transversais, “ampliar e aprofundar o conhecimento da dinâmica das interações ocorridas na natureza, dá consistência a argumentação em defesa e proteção daquilo que as pessoas amam e valorizam”. Por isso, aproveite o modelo de ecossistema montado em uma garrafa para explorar os ciclos da natureza e a troca de materiais que ocorre entre os componentes bióticos e abióticos, assim como as consequências das alterações nessas trocas, provocadas pela ação humana, para o equilíbrio ambiental.




O uso de modelos no ensino de Ciências Naturais



A utilização de modelos é mais uma maneira de estabelecer a relação teoria-prática, visto que estes podem oferecer uma forma de conceber o realismo científico sem, no entanto, identificá-los com as formas mais ingênuas, que acabam por propor as teorias científicas como imagens refletidas da realidade.

 No campo educacional, a confecção de modelos mais simples é aceitável na medida em que seu principal objetivo é facilitar a compreensão, porém, sujeitando-se a uma fundamentação teórica relevante.

 Astolfi e Develay (2001, p.103), referindo-se ao uso de modelos, afirmam “o trabalho didático sobre a modelização não se opõe ao trabalho experimental, mas sim o complementa”.

 Segundo Paz et al. (2006, p.144)”A ciência contemporânea produz a cada momento mais e mais modelos, por exemplo DNA, átomo e outros, assegurando uma melhor compreensão do mundo em que vivemos”.

 Diante dessas afirmações, o professor de Ciências sente-se seguro ao fazer uso de modelos, maquetes, esquemas, gráficos, os quais fortalecem suas explicações teóricas e proporcionam assim, uma melhor compreensão da realidade por parte dos alunos. No entanto, é muito importante que o aluno entenda que modelo é uma representação, um meio aproximativo sobre o qual se pode raciocinar, manipular, observar, mas que não é a realidade. Segundo Pietrocola (1999, p.12)



Ao construirmos modelos exercita-se a capacidade criativa  com objetivos que transcendem o próprio universo escolar. A busca de construir não apenas modelos, mas modelos que incrementem nossas formas de construir a realidade acrescentam uma mudança de qualidade ao conhecimento científico escolar.


Com o incentivo à construção de modelos anatômicos pretende-se que o aluno associe volume, tamanho, localização das estruturas a serem apreendidas, e dessa forma, consiga desenvolver conceitos próximos da realidade, possibilitando uma aprendizagem significativa. Moreira (1997. p 10) ilustra este aspecto citando que


Os modelos mentais das pessoas podem ser deficientes em diferentes aspectos, talvez incluindo elementos desnecessários, errôneos ou contraditórios. No ensino, é preciso desenvolver modelos conceituais e também materiais e estratégias instrucionais que ajudem os aprendizes a construir modelos mentais adequados.

                                                               
O maior desafio é tornar o ensino de Ciências significativo e instigante, capaz de levar o aluno a construir seu conhecimento científico. Segundo Bondia (2002, p.21) “pensar [...] é, sobretudo, dar sentido ao que somos e ao que nos acontece”. Para que o pensamento científico faça parte do aluno como uma prática cotidiana, para que seja verdadeiramente um exercício da práxis, é necessário que a Ciência esteja ao seu alcance, que o conhecimento tenha sentido, ou seja, que possa ser utilizado na compreensão da realidade.


   


O trabalho de campo


O Trabalho de Campo

Autores: Elair   Martins e Amélia Porto

Entre as diversas estratégias utilizadas para o ensino de Ciências Naturais, Geografia e outras áreas do conhecimento nos anos iniciais do Ensino Fundamental, destacamos o trabalho de campo.


Segundo Bianca Bibiano (2010)

Relacionar os temas estudados em sala com o que ocorre fora dela é algo que deve estar no radar de todos os professores. Entre as formas de realizar essa tarefa, uma das mais consagradas é o trabalho de campo, presente em disciplinas como Ciências, História e Geografia. No caso dessa última, uma das intenções principais é levar a turma a compreender a paisagem cultural (a união de elementos naturais e construídos pelo homem em determinado espaço), entendendo as relações biológicas, sociais e econômicas que a estruturam. (BIBIANO. Revista Nova Escola. Edição 235. Set. 2010).

 O trabalho de campo constitui uma estratégia de extrema utilidade, pois permite a aproximação do conteúdo trabalhado em sala de aula com o cotidiano do aluno ou com a realidade percebida pelo mesmo no seu espaço de convivência. Outra vantagem é transplantar para o espaço geográfico conhecimentos adquiridos em sala de aula, através de atividades práticas que permitem uma vivência diferente no processo de ensino e aprendizagem.

A amplidão dos espaços, a diversidade de lugares, a observação de objetos e de elementos no espaço real, possibilitados pelo trabalho de campo contrasta com a restrição espacial das salas de aulas, tornando mais prazerosas as atividades de aprendizagem que utilizam essa estratégia de ensino.

O trabalho de campo diferencia-se da excursão, passeio, visita em diversos elementos:

. A sensibilização pré-campo

           Nesse momento sensibiliza-se o aluno sobre o tema que pode ser uma situação-problema ou conceitos abordados em sala de aula, que tem possibilidade de serem verificados in loco. O aluno é estimulado a vivenciar de maneira diferente o aprendido em sala de aula, aguçando a participação na atividade.

 .O planejamento

           Identificar o local, delimitar os elementos a serem observados, fazer pesquisa prévia sobre o assunto, verificar recursos materiais e financeiros, devem ser alvos de um projeto escrito, que inclusive busque uma abordagem multidisciplinar, e que envolva outros agentes da comunidade escolar. As instruções para os alunos devem ser claras e detalhadas e aspectos práticos devem ser abordados:

ü  o que vestir;

ü  o que levar;

ü  combinados relacionados a maneira de agir em um trabalho e campo;

ü  os horários a serem observados e a duração do trabalho, etc.

          O conhecimento prévio do local de realização do trabalho de campo pelo professor,  bem como suas características é fundamental para o sucesso da atividade.

 .A saída a campo

           Com base no planejamento, sem ser inflexível, procurar realizar o trabalho dentro do que foi estabelecido anteriormente. O número de alunos deve ser adequado à atividade. A divisão em grupos facilita a dinâmica de realização, favorece a troca de experiências e a orientação das atividades. Em grupos grandes a dispersão é comum e as atividades ocorrerem de forma fragmentada, dificultando a concretização dos objetivos propostos. O cumprimento dos horários e atividades pré-programadas é fundamental para o sucesso da atividade.

 .O pós-campo

           Além do relatório de campo, o trabalho de campo deve gerar algo material (um mapa, um relato, uma exposição de fotografias, um mural, etc.) que marque para a turma, para a escola ou para a comunidade o momento vivido, e sirva de registro da atividade. Proposições práticas sobre o tema estudado devem ser estimuladas. Por exemplo, se os alunos observaram no campo a contaminação de um rio ou curso d’água por esgotos, incentive que a turma escreva um documento para as autoridades solicitando providências sobre o problema.


Trabalho de campo: integração da criança com o ambiente



O trabalho de campo permite a integração da criança com o ambiente onde ela vive, possibilitando o desenvolvimento de atitudes de preservação e cuidados com a natureza. A criança precisa conhecer o ambiente e seus recursos disponíveis e analisar de maneira crítica as interações e as transformações ambientais. Embora o valor didático dessa atividade seja inquestionável, muitos professores deixam de realizá-la por vários motivos, entre os quais destacamos: dificuldades no ambiente escolar para obter autorização dos pais e ou da direção, na obtenção de meio de transporte, no tempo para organizar a atividade, medo de acidentes, insegurança no manejo da classe e quanto ao local a ser visitado.

 Áreas verdes da escola e proximidades, a rua, o bairro, as praças e os jardins próximos à escola são locais de fácil acesso que podem ser utilizados para esse tipo de atividade sem maiores burocracias.

 Os trabalhos de campo, além de proporcionarem aprendizagem de conteúdos conceituais, contribuem para algo mais, como experiências estéticas e convivência muito ricas. A relação professor e aluno fora do ambiente formal da sala de aula contribui, muitas vezes, para criar cooperações agradáveis, produtivas e companheirismo.

 O planejamento do trabalho de campo oportuniza aprendizagem antes, durante e depois, contribuindo para o sucesso da atividade.

 Lembramos, entretanto, que, qualquer que seja o local visitado, deve haver uma questão ou problema real a ser resolvida (o) pelos alunos, estimulando-os a observar e coletar dados. Como qualquer trabalho didático, o trabalho de campo deve ter objetivos específicos que demandem coleta de dados em ambientes; portanto, deve ser uma atividade intencional e planejada, em que professores e alunos tenham clareza sobre:

     ·       os objetivos propostos;

·       o local escolhido (que deverá ser aquele que oferece maiores possibilidades de observação);

·       os cuidados que deverão tomar;

·       os limites necessários ao bom andamento do trabalho;

·       os materiais que vão ser utilizados;

·       a organização dos grupos de estudo;

·       o que e como coletar;

·       os registros que farão.

Assim, o planejamento, o entrosamento dos alunos, os conhecimentos, as habilidades e competências, bem como a avaliação proposta antes, durante e depois dessa atividade, podem garantir sucesso, que associa prazer e aprendizado. A visita ao local do trabalho de campo antes da realização da atividade possibilita uma análise dos aspectos positivos e negativos que o espaço oferece para orientar o olhar dos alunos, ainda em sala, para os aspectos que vão ser observados.

 Texto extraído do livro: Um olhar comprometido com o ensino de ciências / Amélia Porto, Lizia Ramos, Sheila Goulart. 1. ed. Belo Horizonte: Editora FAPI, 2009.