Autores
Amélia Porto,
Lízia Ramos e Marco Silva
•
definição dos objetivos da pesquisa;
•
definição do número de participantes (será individual, em grupo, ou coletivamente?);
•
distribuição das tarefas entre os participantes, incluindo a redação final do trabalho;
•
seleção das fontes de pesquisa (busca de informação mediante observação direta
ou indireta, consulta a livros, enciclopédias, dicionários, jornais, revistas,
filmes, internet, fotografias, CD-ROM);
• elaboração do cronograma da
pesquisa.
O papel do professor é determinante na orientação e acompanhamento
de pesquisas realizadas em grupo. Cabe ao professor orientar o aluno na:
·
análise do que foi
pesquisado, sugerindo que elimine as repetições e as contradições;
·
seleção das
ilustrações, definição dos títulos e subtítulos;
·
inclusão dos dados de
identificação do trabalho, como o nome dos participantes, escola, série, data;
·
organização das
referências bibliográficas consultadas na realização da pesquisa.
No intuito de levar os estudantes
a realizarem trabalhos escolares de boa qualidade, apresentamos uma sequência
de sugestões que o professor pode utilizar para orientá-los. Neste caso, as
orientações são voltadas para a realização de pesquisas escolares via internet. Entretanto, cabe ressaltar que
alguns princípios podem ser adaptados e adotados também no caso de pesquisas
que utilizem outras ferramentas como os livros, jornais e revistas que
chamaremos de convencionais. Além disso, trabalhos escolares podem se valer de
ferramentas das TIC’s e das
ferramentas convencionais simultaneamente.
1.
Pesquisar
em sites confiáveis. Para isso, é
importante:
·
Oferecer indicações
de sites aos alunos.
·
Identificar
os responsáveis pelo site para
avaliar o seu grau de confiabilidade.
·
Contrapor
as informações disponíveis com as oferecidas em outros sites para avaliar a veracidade das mesmas.
·
Certificar
quais são as fontes citadas pelo (s) autor (es) do site ao fazer alguma afirmação importante.
2.
Não fazer
simplesmente uma cópia de textos referentes ao tema pesquisado. Este artifício
não traz nenhum aprendizado e leva ao desperdício de um tempo precioso.
3.
Jamais
anexar informações que não foram lidas ao trabalho apenas para dar volume ao
mesmo. Um bom trabalho não se mede pelo número de páginas.
4.
Ler todo
material pesquisado. Fazer anotações e pequenos resumos do que achar mais
importante.
5.
A partir
das informações levantadas, escrever um texto com as próprias palavras
resumindo todo o assunto pesquisado e o que foi aprendido. Se possível, pedir a
outra pessoa para ler o texto produzido e apresentar a sua opinião, crítica e
sugestão. Uma opinião diferente pode ajudar a melhorar o próprio trabalho e,
sobretudo, o aprendizado.
6.
Citar as
fontes de onde foram retiradas as imagens utilizadas como fotos, caricaturas,
mapas, charges, etc. É importante que estas imagens tenham legendas. Utilizar
aspas para reproduzir frases de terceiros identificando de onde foram
retiradas.
7.
Ter
cuidado com os erros de ortografia e gramaticais. Para evitá-los, fazer sempre
uma correção. Para isso, o corretor ortográfico do programa do computador pode
ser útil. Entretanto, é preciso estar atento, pois ele nem sempre é suficiente.
Pedir auxílio de outras pessoas e consultar uma gramática se possível.
8.
Seguir as
orientações dadas, caso o trabalho seja digitado, sobre a fonte e tamanho da
letra a ser utilizados. Caso não haja essa orientação, os padrões mais
utilizados são arial ou times new roman (tamanho 12) para os
textos. Com títulos e subtítulos em negrito, nos tamanhos 16 e 14,
respectivamente.
9.
Organizar
cuidadosamente o trabalho. Um trabalho bem organizado facilita a compreensão
dos leitores. Além disso, ao organizar o trabalho, também estamos organizando nossas
ideias. Um bom trabalho pode apresentar, na maioria das vezes, a organização a
seguir.
1º - Capa - todas as
informações necessárias para identificar o trabalho como, por exemplo, nome do
autor ou autores, turma, título do trabalho, nome do professor, disciplina,
cidade, data, etc.
2º - Índice - lista de
assuntos abordados no trabalho.
3º - Introdução –
explicação rápida do que foi abordado no trabalho.
4º - Desenvolvimento - é a
explicação do trabalho em si. A parte mais importante. Neste caso, o texto
produzido conforme sugerido no item 5 (cinco).
5º - Conclusão ou
considerações finais: deve conter o ponto de vista do autor ou autores
sobre o assunto e uma conclusão pessoal finalizando.
6º - Referências: O
endereço eletrônico de todos os sites
consultados, bem como o dia em que foram acessados cada um deles. Este
procedimento é importante já que muitos sites
são atualizados, modificados ou podem não estar mais disponíveis quando outra
pessoa for consultá-lo.
10. A estética é muito importante em
qualquer trabalho. Ela causará uma boa impressão a todos que lerem o trabalho.
Por isso, é importante fazer o trabalho com bastante capricho.
Cabe ressaltar que as dicas supracitadas, são
apenas orientações que podem ser ampliadas, alteradas ou adaptadas de acordo
com as suas intenções pedagógicas e a realidade de seus alunos.
No processo
ensino e aprendizagem, o professor precisa estar atento a estas questões. As
atividades desenvolvidas por meio dos recursos da informática precisam levar em
conta o nível de familiaridade e letramento dos estudantes. O próprio uso
destas ferramentas contribui para que o estudante adquira um letramento no meio
digital. “É utilizando que se aprende a
utilizar.” Entretanto, deve se estar atento para o tipo de assistência que
os estudantes demandam. Em certos casos, quando são principiantes, é necessário
que sejam orientados prioritariamente sobre o manuseio do computador, os passos
apropriados para navegação e as possibilidades que o mundo digital pode
oferecer. Superadas esta fase, quando o aluno já não demonstra dificuldades em
utilizar as ferramentas das TIC’s o
professor pode priorizar a pesquisa, os processos de interação e comunicação,
enfim, o universo de possibilidades que o mundo digital pode trazer ao processo
ensino e aprendizagem.
Inicialmente, é preciso considerar professor e
aluno como parceiros no domínio dessa ferramenta, considerando que o letramento
digital é recente em nossas escolas. Por isso é importante que o professor:
·
Motive
seus alunos para o assunto a ser estudado.
·
Leve em
consideração seus conhecimentos prévios sobre o tema e a estratégia a ser
utilizada para busca de informação. Isso significa considerar procedimentos
para busca de informação e construção do conhecimento como conteúdos de ensino.
Se o professor propõe que seus alunos realizem pesquisas via internet ele precisa ensinar os alunos a
utilizar essa ferramenta. E essa aprendizagem pode ocorrer durante a realização
das pesquisas propostas.
·
Faça uso
da palavra quando perceber que suas explicações contribuirão para o aluno
avançar na construção do conhecimento.
·
Oportunize
ao aluno relacionar o assunto pesquisado com a sua experiência anterior.
·
Crie situações
em que o aluno possa perceber a interdisciplinaridade dos conteúdos em estudo.
·
Reflita com
os alunos sobre a importância da alternância na composição dos grupos para
conhecer os colegas e vivenciar atitudes diferentes.
·
Reflita
com os alunos sobre a importância de respeitar e fazer respeitar as diferentes opiniões
e usar vocabulário que seja claramente compreendido.
·
Promova
reflexões para que o aluno se conscientize da importância do uso da internet, de maneira responsável para
promoção da sua inclusão social.
Segundo CHAUÍ:
Ao professor não cabe dizer “faça como eu”, mas “faça
comigo”. O professor de natação não pode
ensinar o aluno a nadar na areia
fazendo-o imitar seus gestos,
mas leva-o a
lançar-se n’água em sua
companhia para que aprenda
a nadar lutando contra as ondas,
fazendo seu corpo coexistir com o corpo
ondulante que o acolhe
e repele, revelando que o diálogo
do aluno não se trava com seu professor de natação, mas com a água.
(CHAUI, Marilena de Souza. “Ideologia e educação” In:
Revista Educação e Sociedade n.5. São Paulo: Cortez Editora/Associados, p.39, 1980.)
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