Lízia Ramos e Amélia Porto
Motivamos ou incentivamos os
nossos alunos a aprender? É muito comum encontrarmos textos didáticos que usam
a motivação e o incentivo como processos sinônimos. Preocupadas em desfazer
esse mal entendido, esclarecemos: motivação – vem de motivo, que constitui um
estímulo interno; incentivo, por outro lado, constitui um estímulo externo.
A motivação pode ser
entendida como o aspecto dinâmico da ação: é o que leva o sujeito a agir, ou
seja, o que o leva a iniciar uma ação, a orientá-la em função dos objetivos
estabelecidos, a decidir o seu prosseguimento e finalização. É, portanto, o
processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação
estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Pode ser
entendida como um desejo, uma intenção, uma predisposição à ação; uma força
propulsora que induz o sujeito a realizar atividades. Ao identificar e
aproveitar o “motivo” que atrai a criança, aquilo que ela gosta ou se
interessa, como meio de chamar-lhe a atenção ou seduzi-la como forma de
engajá-la no ensino, o professor estará incentivando-a a aprender, ou
privilegiando os interesses da criança no ato de ensinar.
Algumas sugestões de como
despertar interesses ou incentivar o aprendizado:
·
Desafie o aluno a buscar o que deseja saber,
incentivar a descoberta;
·
Desenvolva atitude investigativa que garanta
o desejo de saber sempre mais;
·
Explore objetos que fazem parte do mundo
físico e social do aluno, incentivando observações espontâneas e
sistematizadas;
·
Use linguagem clara de fácil compreensão;
·
Proponha tarefas e exercícios adequados ao
nível cognitivo do aluno, evitando atividades muito difíceis que ocasionem
fracasso ou atividades muito fáceis que gerem desinteresse;
·
Discuta com o aluno o sentido prático do
conhecimento, a importância, utilidade, o sentido que este tem para vida;
·
Articule e correlacione o que está sendo
ensinado à realidade do aluno;
·
Apresente novos conteúdos a partir de
situações problematizadoras;
·
Use procedimentos ativos de aprendizagem
compatíveis com a faixa etária e o nível de desenvolvimento dos alunos;
·
Use atividades progressivas de dificuldade,
incentivando a autosuperação gradual dos alunos;
·
Faça planejamentos de atividades ou projetos
de ensino envolvendo a participação da turma, discutindo os objetivos a que se
propõem;
·
Estimule a cooperação entre os membros da
turma;
·
Informe regularmente os resultados
alcançados, analise as dificuldades e avanços no decorrer do processo de
construção do conhecimento.
Segundo
Lima (2011), o professor deve descobrir estratégias, recursos que façam com que o aluno queira aprender,
deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao
estimulá-lo, o educador estará desafiando-o à aprendizagem, buscando os motivos
que provocam o seu interesse para aquilo que vai ser aprendido.
É fundamental que o aluno queira dominar
alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, assim o
professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços,
captando a atenção do aluno. LIMA (2011). http://espacoescolar.com.br/geral/a-importancia-da-motivacao-no-processo-da-aprendizagem/
Segundo a mesma autora, a
motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, embora, intimamente
ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, estímulos
externos ou incentivos, principalmente, vindos de seus professores e colegas,
alertando que nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o
aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento.
Outras sugestões para o
professor:
·
Planeje regularmente as suas aulas,
selecionando e estruturando os conteúdos, utilizando recursos incentivadores e
materiais adequados;
·
Diversifique as atividades propostas
alternando atividades em grupo, em roda, em duplas e individuais;
·
Incentive seus alunos a avaliarem seu próprio
trabalho;
·
Mantenha os alunos sempre ocupados evitando
dispersão e indisciplina. Dentre outras.
Para finalizar,
lembramos-lhe que cada classe é uma realidade com características próprias.
Portanto, o melhor caminho a seguir, é uma escolha do professor, que não pode
deixar de considerar as características inerentes ao seu grupo de trabalho.
Para isso, use seus conhecimentos e sensibilidade, bom senso e intuição ao
orientar e dirigir os trabalos em sala de aula.
Textos elaborados pelas
autoras a partir das referências citadas.
Referências
bibliográficas:
ABREU,
Maria C. & MASETTO, M. T. O professor universitário em aula. São Paulo: MG
Editores Associados, 1990.
Sugestões
de links:
http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/epv-praxis.php -
Espaço práxis pedagógica – ver artigos publicados sobre Relação professor-aluno
entre outros. Acesso em 14/05/2012.
Alguns artigos:
http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-praxis-pedagogicas/ARTIGOS%20E%20TEXTOS/vygotsky%20e%20o%20papel%20das%20interacoes%20sociais%20na%20sala%20de%20aula....pdf - Vygotsky e o Papel das Interações Sociais na
Sala de Aula: Reconhecer e Desvendar o Mundo - João Carlos Martins. Acesso em
15/05/2012.
http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-praxis-pedagogicas/RELA%C3%87%C3%83O%20PROFESSOR-ALUNO/a%20relacao%20professor%20aluno%20no%20processo%20ensino%20aprendizagem.pdf – A
relação professor/aluno no processo de ensino/aprendizagem - Patrícia Sousa e Silva. Acesso em 14/05/2012.
http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-praxis-pedagogicas/RELA%C3%87%C3%83O%20PROFESSOR-ALUNO/a%20presenca%20do%20dialogo%20na%20relacao%20professor-aluno.pdf – A presença do diálogo na relação
professor-aluno- Alexandra
Alves de Vasconcelos ET AL. 14/05/2012.
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