sexta-feira, 13 de abril de 2012

O trabalho de campo


O Trabalho de Campo

Autores: Elair   Martins e Amélia Porto

Entre as diversas estratégias utilizadas para o ensino de Ciências Naturais, Geografia e outras áreas do conhecimento nos anos iniciais do Ensino Fundamental, destacamos o trabalho de campo.


Segundo Bianca Bibiano (2010)

Relacionar os temas estudados em sala com o que ocorre fora dela é algo que deve estar no radar de todos os professores. Entre as formas de realizar essa tarefa, uma das mais consagradas é o trabalho de campo, presente em disciplinas como Ciências, História e Geografia. No caso dessa última, uma das intenções principais é levar a turma a compreender a paisagem cultural (a união de elementos naturais e construídos pelo homem em determinado espaço), entendendo as relações biológicas, sociais e econômicas que a estruturam. (BIBIANO. Revista Nova Escola. Edição 235. Set. 2010).

 O trabalho de campo constitui uma estratégia de extrema utilidade, pois permite a aproximação do conteúdo trabalhado em sala de aula com o cotidiano do aluno ou com a realidade percebida pelo mesmo no seu espaço de convivência. Outra vantagem é transplantar para o espaço geográfico conhecimentos adquiridos em sala de aula, através de atividades práticas que permitem uma vivência diferente no processo de ensino e aprendizagem.

A amplidão dos espaços, a diversidade de lugares, a observação de objetos e de elementos no espaço real, possibilitados pelo trabalho de campo contrasta com a restrição espacial das salas de aulas, tornando mais prazerosas as atividades de aprendizagem que utilizam essa estratégia de ensino.

O trabalho de campo diferencia-se da excursão, passeio, visita em diversos elementos:

. A sensibilização pré-campo

           Nesse momento sensibiliza-se o aluno sobre o tema que pode ser uma situação-problema ou conceitos abordados em sala de aula, que tem possibilidade de serem verificados in loco. O aluno é estimulado a vivenciar de maneira diferente o aprendido em sala de aula, aguçando a participação na atividade.

 .O planejamento

           Identificar o local, delimitar os elementos a serem observados, fazer pesquisa prévia sobre o assunto, verificar recursos materiais e financeiros, devem ser alvos de um projeto escrito, que inclusive busque uma abordagem multidisciplinar, e que envolva outros agentes da comunidade escolar. As instruções para os alunos devem ser claras e detalhadas e aspectos práticos devem ser abordados:

ü  o que vestir;

ü  o que levar;

ü  combinados relacionados a maneira de agir em um trabalho e campo;

ü  os horários a serem observados e a duração do trabalho, etc.

          O conhecimento prévio do local de realização do trabalho de campo pelo professor,  bem como suas características é fundamental para o sucesso da atividade.

 .A saída a campo

           Com base no planejamento, sem ser inflexível, procurar realizar o trabalho dentro do que foi estabelecido anteriormente. O número de alunos deve ser adequado à atividade. A divisão em grupos facilita a dinâmica de realização, favorece a troca de experiências e a orientação das atividades. Em grupos grandes a dispersão é comum e as atividades ocorrerem de forma fragmentada, dificultando a concretização dos objetivos propostos. O cumprimento dos horários e atividades pré-programadas é fundamental para o sucesso da atividade.

 .O pós-campo

           Além do relatório de campo, o trabalho de campo deve gerar algo material (um mapa, um relato, uma exposição de fotografias, um mural, etc.) que marque para a turma, para a escola ou para a comunidade o momento vivido, e sirva de registro da atividade. Proposições práticas sobre o tema estudado devem ser estimuladas. Por exemplo, se os alunos observaram no campo a contaminação de um rio ou curso d’água por esgotos, incentive que a turma escreva um documento para as autoridades solicitando providências sobre o problema.


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