sexta-feira, 13 de abril de 2012

Trabalho de campo: integração da criança com o ambiente



O trabalho de campo permite a integração da criança com o ambiente onde ela vive, possibilitando o desenvolvimento de atitudes de preservação e cuidados com a natureza. A criança precisa conhecer o ambiente e seus recursos disponíveis e analisar de maneira crítica as interações e as transformações ambientais. Embora o valor didático dessa atividade seja inquestionável, muitos professores deixam de realizá-la por vários motivos, entre os quais destacamos: dificuldades no ambiente escolar para obter autorização dos pais e ou da direção, na obtenção de meio de transporte, no tempo para organizar a atividade, medo de acidentes, insegurança no manejo da classe e quanto ao local a ser visitado.

 Áreas verdes da escola e proximidades, a rua, o bairro, as praças e os jardins próximos à escola são locais de fácil acesso que podem ser utilizados para esse tipo de atividade sem maiores burocracias.

 Os trabalhos de campo, além de proporcionarem aprendizagem de conteúdos conceituais, contribuem para algo mais, como experiências estéticas e convivência muito ricas. A relação professor e aluno fora do ambiente formal da sala de aula contribui, muitas vezes, para criar cooperações agradáveis, produtivas e companheirismo.

 O planejamento do trabalho de campo oportuniza aprendizagem antes, durante e depois, contribuindo para o sucesso da atividade.

 Lembramos, entretanto, que, qualquer que seja o local visitado, deve haver uma questão ou problema real a ser resolvida (o) pelos alunos, estimulando-os a observar e coletar dados. Como qualquer trabalho didático, o trabalho de campo deve ter objetivos específicos que demandem coleta de dados em ambientes; portanto, deve ser uma atividade intencional e planejada, em que professores e alunos tenham clareza sobre:

     ·       os objetivos propostos;

·       o local escolhido (que deverá ser aquele que oferece maiores possibilidades de observação);

·       os cuidados que deverão tomar;

·       os limites necessários ao bom andamento do trabalho;

·       os materiais que vão ser utilizados;

·       a organização dos grupos de estudo;

·       o que e como coletar;

·       os registros que farão.

Assim, o planejamento, o entrosamento dos alunos, os conhecimentos, as habilidades e competências, bem como a avaliação proposta antes, durante e depois dessa atividade, podem garantir sucesso, que associa prazer e aprendizado. A visita ao local do trabalho de campo antes da realização da atividade possibilita uma análise dos aspectos positivos e negativos que o espaço oferece para orientar o olhar dos alunos, ainda em sala, para os aspectos que vão ser observados.

 Texto extraído do livro: Um olhar comprometido com o ensino de ciências / Amélia Porto, Lizia Ramos, Sheila Goulart. 1. ed. Belo Horizonte: Editora FAPI, 2009.


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